VISITANTES

REABILITAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DO BRINQUEDO E DO BRINCAR PARA A CRIANÇA COM DEFICIÊNCA VISUAL

Mara Campos Siaulys (Laramama)

A brincadeira é a melhor forma para ela conhecer o ambiente, aprender, movimentar-se, ser independente, desenvolver o físico, a mente, a autoestima, afetividade e criatividade.
Brincando as crianças entram em contato com os objetos, as diferentes cores, texturas, formas, tamanhos e sons. Ao manejá-los fazem tentativas, erros e acertos, aprendem sobre a função de cada um, como utilizá-los, desmontá-los e montá-los.
O brincar ajuda na resolução de problemas, desenvolve a criatividade, as capacidades físicas, perceptivas, emocionais, intelectuais e sociais e sem que a criança perceba, favorece um aprendizado leve e natural.
A brincadeira infantil ajuda a ampliar o vocabulário e a expressar idéias e pensamentos. É uma forma importante de interação, participação e convivência, de aprendizado alegre e espontâneo, levando a criança a enfrentar desafios e fazer descobertas. As crianças aprendem a brincar umas com as outras, observando-se mutuamente, movimentando-se juntas, imitando, participando de jogos.
O brincar é importante para o desenvolvimento afetivo da criança, para a formação da auto-imagem, dos sentimentos e atitudes positivas sobre si mesma e os outros, para ela sentir-se forte e enriquecer a personalidade, viver intensamente as emoções, sentimentos, frustrações, imaginações e fantasias, resolvendo conflitos, desenvolvendo alianças e comportamentos sociais; ajuda-a a construir e respeitar regras, atitudes essenciais para que aprenda a viver em sociedade e a conviver com as diferenças.
Dar à criança inúmeras oportunidades de brincar e conviver com otimismo e descontração é o melhor caminho para que ela desenvolva seu potencial, seja feliz e se prepare para a vida adulta. É necessário então que as crianças encontrem nesses ambientes pessoas sensíveis, que as compreendam, que entendam suas necessidades, seus interesses, respeitem sua individualidade e seus sentimentos e interajam com elas de forma agradável e otimista, ajudando-a a ser feli
z.



BRINQUEDOTECA

Fonte: Psicopedagogiando




DICAS DE MAQUIAGEM PARA CEGOS E PORTADORES DE BAIXA VISÃO


- Use bandanas ou arcos ao aplicar a maquiagem para colocar todo o seu cabelo fora do rosto. Isso é especialmente útil quando aplicar a base e maquiagens nos olhos
- Mantenha um lenço ou papel toalha umedecidos próximos para remover maquiagem dos seus dedos. Lave as suas mãos e dedos após cada passo no processo de aplicação de maquiagem para prevenir resíduos de maquiagem em outras áreas do rosto, roupas e acessórios.
- Proteja a sua roupa colocando uma toalha em seu colo. Você pode também usar uma capa ou blusa grande ou um casaco de abotoar por cima para proteção adicional.
- Mantenha um pote ou pequeno vasilhame próximo para colocar os pincéis, tampas e partes. Isso pode prevenir que eles rolem para fora da sua área de trabalho.
- Lembre-se que moda e maquiagem mudam com o tempo, assim como a moda em roupas mudam. Verifique periodicamente com amigos, família ou seu esteticista para ter certeza que seu visual ainda está na tendência da moda.
- Guardar a sua maquiagem no refrigerador pode lhe dar uma temperatura diferente que pode facilitar a aplicação.
- Tenha certeza que a sua pele foi completamente limpa e seca antes de começar a aplicar maquiagem.
A maior parte das maquiagens tem a melhor aparência quando aplicada delicadamente e com um toque leve. Em geral, maquiagem mínima é usualmente a melhor opção inicialmente. Você pode sempre adicionar mais cor à sua face, mas é normalmente mais difícil remover o excesso de base, blush e sombra. Para ocasiões especiais, no entanto, uma maquiagem mais forte pode ser apropriada. Não hesite em perguntar por ajuda ou confirmação de sua família ou amigos.
É uma dica segurar a sua mão contra o seu rosto ou com a sua outra mão quando aplicar cosméticos tipo máscara, delineador ou batom que requerem precisão e controle.
Ao aplicar creme limpador, hidratante ou base tente seguir um padrão sistemático para garantir que você cobriu toda a sua face e pescoço.
•    para cima e para fora do queixo para as orelhas
•    Do centro do nariz em direção às orelhas
•    Do topo do nariz para a testa
•    movimentos circulares da testa para as bochechas
•    Gentilmente de abaixo dos olhos da área mais interna para a externa
•    Movimentos pequenos e circulares em volta dos lados do nariz
•    Movimentos circulares no queixo
•    Acima na garganta cobrindo todo o pescoço
•    Contar o número de pinceladas (como nas sombras e blush) ou quantidade de base ou hidratante é uma boa maneira de ser consistente em sua rotina de aplicação.
•    Por exemplo, uma moeda de 25 centavos na sua palma é usualmente suficiente para cobrir toda a sua face.
•    Certas aplicações como delinear as suas sobrancelhas pode exigir confirmação visual de um amigo ou familiar
•    Algumas pessoas preferem ter permanentemente tatuados o delineador e sobrancelhas. Se isso for importante para você, a escolha é sua.
•    Tente seguir a mesma sequência sempre para manter uma lembrança do que já aplicou. A sequência sugerida é a seguinte:
- Gel de Limpeza
- Hidratante
- Base
- Blush
- Pó
- Sobrancelhas
- Sombras
- Mascara
- Batom



AS DIFERENTES ÁREAS DO CÉREBRO

A região responsável pela visão e suas associações é a occipital. Quando a pessoa tem uma lesão nessa região e sofre uma perda visual, parcial ou total, dizemos que sofre de "cegueira cortical" pois apenas a parte do córtex cerebral responsável foi lesionada mas não há nenhuma enfermidade ocular.





ESTIMULAÇÃO E A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA

Há umas duas semanas mais ou menos, recebi um e-mail de uma família de São Paulo - Brasil que me procurava para atendimento de sua neném de 5 meses que nasceu prematura e apresentava um problema chamado Retinopatia da Prematuridade que causa uma baixa de visão importante e, às vezes, até cegueira.
Outro dia falo mais sobre esse problema mas hoje queria enfocar outra coisa....
Como me encontro morando temporariamente em outro país, me ofereci para dar algumas instruções de procedimentos de estimulação via internet, através de todos os meios possíveis: blog, e-mail, facebook, etc. 
Hoje, a família me contactou para mostrar os materiais que haviam encontrado e confeccionado para fazer os exercícios indicados por mim. Eu fiquei simplesmente impressionada com o entendimento dessa mãe, com o carinho, paciência e um super capricho em confeccionar e escolher materiais para comprar. Tenho certeza absoluta que essa atitude positiva vai dar mais chances à essa criança que outras famílias que simplesmente desistem na primeira dificuldade.
Queria que todos entendessem que as crianças são um reflexo de nossas atitudes, pensamentos e palavras. Eles não dão respostas à medida em que nós nos empenhamos em compreendê-los, entender seus problemas e dificuldades, assim como tentamos ajudá-los, nos aproximando do seu mundo.
A afetividade dos pais é importante para o desenvolvimento das capacidades do bebê. Quando a família segura no colo, faz carinho, brinca, faz cócegas, balança, canta, demonstra seu carinho, oferecem estímulos e informações importantes que serão a base da formação do raciocínio, assimilação e compreensão do mundo ao seu redor.
A aquisição de conhecimentos gera aquisições cognitivas e sociais, além de reforçar uma auto-imagem positiva. Porém, estimular não é forçar a criança a fazer algo. É oferecer situações, objetos, brinquedos, carinhos que despertem o desejo de interagir com os estímulos oferecidos. 
Não só os pais, a família, mas também o ambiente é uma importante ferramenta para a estimulação. Deve ser um lugar tranquilo, de respeito, tolerância e união estre as pessoas que estão perto do bebê. Isso dará apoio e criará um vínculo afetivo que serão refletidos em suas habilidades e destrezas.
Diante de tudo isso, quis mostrar os materiais lindos e o trabalho maravilhoso de reabilitação de sua filha que esta família está iniciando (As fotos estão abaixo e notem a simplicidade dos brinquedinhos comprados e o capricho dos que foram confeccionados).
Então, esse post é especialmente para homenagear não só esta mas todas as famílias que se empenham em cuidar dos seus filhos que necessitam atenção especial. Um beijo a todos os "Robertos", "Luanas" e 'Luisas" que existem por aí.

 

 


A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR

Por que o brincar é importante??
Alguns vão dizer que é porque no brincar a criança gasta energia. Outros dirão que é prazeroso. Outros ainda que é fuga da realidade. Muitos dirão ainda que o brincar proporciona experiências perceptivas. Porém, surge uma nova resposta... Vejam a visão da neurociências sobre o brincar:

"Ao propiciar muitas e variadas experiências novas, o brincar provocaria a formação e consolidação de importantes circuitos neurais, tornando interligadas áreas do cérebro relacionadas a distintas competências".

Leia mais em: 
http://cienciahoje.uol.com.br/alo-professor/intervalo/2013/10/por-que-brincar-e-importante/?searchterm=Por+que+brincar+%C3%A9+importante



NEUROCIÊNCIAS 




AS PALAVRAS TEM PODER

NÃO IMPORTA SUA RELIGIÃO... acredite.... as palavras tem poder!!!!
Tudo o que você pensar ou disser reforça no universo o seu destino. Quando vc repete incessantemente "minha vida é uma droga, eu não tenho sorte, etc" é isso que vc atrai para si. 
Mas quando vc abre a boca e grita: "eu sou feliz, meu filho vai se curar, minha vida é linda, Deus me ama, etc" tudo melhora!!!

Nem sempre os médicos tem razão. Acredite em vc, nos tratamentos, na vida, e principalmente no seu filho, ele pode te surpreender.
Quando minha filha saiu do hospital depois de nascer com 980 gramas, ter tido 4 paradas cardio-respiratórias, falta de oxigênio no cérebro e um prognóstico de estado VEGETATIVO.... depois de andar com quase 2 anos, falar com quase 4 anos... ela está aí!!! Com 18 anos, entrando na universidade, falando tanto a ponto da gente manda calar a boca, praticando esportes radicias, dançando, namorando, estudando, andando sozinha na rua e etc.
ESCREVA VOCÊ O DESTINO DO SEU FILHO. TENHA SEMPRE PALAVRAS DE ÂNIMO, DE ALEGRIA, DE SAÚDE, DE BENÇÃOS. ISSO FAZ TODA A DIFERENÇA DO MUNDO.



ESTÍMULOS

A educação de crianças em um ambiente sensorialmente enriquecedor desde a mais tenra idade pode ter um impacto sobre suas capacidades cognitivas e de memória futuras. A presença de cor, música, sensações (tais com a massagem do bebê), variedade de interação com colegas e parentes das mais variadas idades. Também pessoas que sofreram lesões em partes de seu cérebro, podem recuperar parcialmente as funções perdidas submetendo-se a estimulação mental e corporal, diversificada e com certa intensidade, por isso a estimulação é importante em qualquer processo de aprendizagem.
Fonte: Neurociências em Benefício da Educação



HABILIDADES DE ATENÇÃO

Nosso cérebro é um órgão fantástico. Ele pode controlar praticamente todas as partes do nosso corpo. Ele também tem a capacidade única de pensar e fornecer habilidades cognitivas tais como as habilidades de atenção que inclui a capacidade de uma pessoa de compreender e responder à informação recebida. Essas habilidades de atenção podem ser subdivididas em: 

- Atenção sustentada - capacidade de se manter focado e atento à tarefa que está sendo executada.
- Atenção seletiva - capacidade de manter o foco, apesar de entradas sensoriais (também conhecidas como distrações).
- Atenção dividida - capacidade de lembrar informações e manter o foco em alguma coisa enquanto realiza outra tarefa.

Fonte: Neurociências em Benefício da Educação



ESTIMULAÇÃO - UM EQUÍVOCO PARA QUEM NÃO NECESSITA

Adorei essa matéria do jornal GAZETA DO POVO e faço minhas as palavras desse profissional. Gostei tanto que além do link, resolvi postar o texto aqui. 

AUTOR: Paulo Fochi - coordenador e professor do curso de especialização em Educação Infantil da UNISINOS no Rio Grande do Sul.

Os bebês não precisam de estímulos constantes. São curiosos por natureza e, para que se desenvolvam em plenitude, ações simples, como providenciar um ambiente seguro são suficientes. O pedagogo e educador Paulo Fochi é categórico ao criticar modismos na educação infantil. Para ele, o maior desafio é planejar a educação infantil a partir das necessidades dos bebês. “A produção de conhecimento tem de ser feita de uma forma que tenha sentido para a criança. Há uma tendência atual muito forte para estimular bebês e isso é um equívoco do meu ponto de vista.”
No início de novembro, Fo­chi conquistou a plateia formada por educadores no 7.º Seminário Municipal de Edu­cação Infantil, em Curitiba, com sua visão sobre o tema. Por telefone, ele conversou com a Gazeta do Povo:
Qual é o maior problema que observa na educação infantil?
Compartilho com os estudos que indicam que o grande desafio para a educação infantil, para as crianças de zero a 6 anos, está em descobrir como é ser professor sem dar aula, presente também nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Mas é preciso atentar que isso não significa deixar a coisa acontecer espontaneamente. A produção de conhecimento tem de ser feita de uma forma que tenha sentido para a criança. Há uma tendência atual muito forte para estimular bebês e isso é um equívoco do meu ponto de vista.
Quais estímulos são equivocados?
Você já deve ter visto diversas coisas do tipo: o adulto coloca o bebê de barriga para baixo para que seu corpo fique firme para quando for caminhar. Há uma ação para fazer o bebê caminhar mais cedo. Misteriosamente, depois que ele caminha, os pais querem que ele fique sentado, parado, em um cadeirão. O mesmo acontece com falar. Já vi professoras passando batom vermelho na boca e falando, com a boca bem aberta, de forma exagerada, na frente do bebê, com a intenção de estimular a fala. Mas, quando ele começa a falar demais, os adultos pedem para ficar quieto. Há uma esquizofrenia em casa e na escola. Dão carrinhos, coisa com som, que fala, que pisca, para que, dois ou três anos depois, seja necessário procurar um médico para perguntar: como posso acalmar meu filho? E aí o médico receita medicamentos. Tenho uma premissa que a gente tem que dar tempo para o bebê ser bebê. Cada fase deve ser respeitada. Há uma tendência de se criar academia para bebês ou sites que estimulam o ensino de Matemática quando ele ainda está em gestação. Estão criando agenda, aula disso, daquilo. Está entendendo a loucura?
Quais são as particularidades dos bebês?
As descobertas do mundo que o bebê faz em um mês valem uma década na vida de um adulto. O adulto não precisa ficar na frente da criança sacudindo um chocalho freneticamente ou falando de forma abestada. O bebê é curioso para descobrir o mundo, basta dar condições para que descubra. Isso implica que ele fique no chão, não naqueles balanços horrorosos. Não precisa estimular, basta garantir formas de ele fazer isso, proporcionar o que se chama de entorno positivo. O espaço que ele fica, em sala, ou em casa, não deve ser grande, nem pequeno demais, mas suficiente para circular. Tem que ser seguro, sem a necessidade de um adulto em volta, falando: ‘não faz isso’, ‘não faz aquilo’. O adulto deve se manter no campo visual e auditivo da criança, sustentando-a emocionalmente com sua presença, mas sem interromper ou intervir nas experiências dela. É preciso ter desafios para a criança, aos quais ela se dedicará quando aquilo se configurar como um desafio.
Como por exemplo...
Uma caixa no meio da sala, que faz um degrau. O bebê vai subir e descer engatinhando, quando estiver pronto para aquilo. Isso promove a descoberta de seu corpo, que vai providenciar uma organização para executar a ação de caminhar. O entorno positivo exige materiais adequados. Que encaixam, que dão para empilhar, que cabem um dentro do outro. Não precisa ser da Fisher Price ou outra marca famosa. Caixas, potes. Isso dá possibilidade de a criança descobrir o mundo.
Como convencer os pais que não é preciso tantos estímulos para os bebês terem um bom desenvolvimento?
Na verdade, os pais estão no direito de ignorância deles sobre o assunto. O que a gente precisa é de professores que tenham um argumento melhor que a Ana Maria Braga, entende o que digo? Os pais têm direito de achar interessante aquilo que a Ana Maria Braga mostrou para o neto dela, aquilo que a Adriane Galisteu fez para o filho dela, essas modinhas que aparecem no Facebook e na televisão. Quem tem que mostrar que isso não é benefício é a escola, o professor. Pensar o processo educativo nos primeiros anos de vida tem que ser processo de corresponsabilidade família e escola. Isso implica chamar os pais para o diálogo e mostrar o que é aprender na infância, qual o valor da experiência de vida dessas crianças.
O ensino em período integral é benéfico para a criança?
Se a escola for boa para a criança, sim. O ideal seria ficar um turno com a família, outro na escola. Mas as famílias não se organizam assim, a rotina de trabalho dos pais não é essa, independentemente se são ricas ou pobres. Então temos que pensar, nesse tempo em que as crianças estão na escola, 10, 12 horas, é preciso construir um processo educativo de qualidade. Não são dois turnos de trabalho, é outra relação. É preciso compreender que a experiência educativa, aprender a comer, o ritual do sono, o deslocar pela escola é uma grande aprendizagem, tem que ser pensada ao longo da jornada. Depois, os pais precisam refletir como será o tempo que passarão com os filhos, que não pode ser mediado pela televisão. Que seja de encontro, conversa, carinho.
Qual a maior dificuldade para termos o ensino infantil integral de qualidade?
Há um desafio financeiro, mas vai além disso. É um desafio conceitual. Precisamos mobilizar os gestores públicos para compreenderem o que é infância, o que é ser criança, numa fase anterior a essa proposta de financiamento, até para que o financiamento se dê de forma correta.

ESTEREOTIPIAS

Estereotipias ou comportamentos de auto-estimulação são movimentos repetitivos do corpo. Este comportamento é comum em pessoas com distúrbios do desenvolvimento. Embora seja mais comum ao autista, crianças com deficiência visual também apresentam traços autistas pois muitas famílias não as estimulam socialmente. 
As estereotipias podem envolver todos os sentidos:
- Visão: fixar luzes, piscar repetidamente, mexer os dedos a frente dos olhos, apertar os olhos com força, balançar as mãos.
- Audição: bater nas orelhas, estalar os dedos, emitir sons vocais
- Tato: esfregar a pele com as mãos ou com objetos, arranhar
- Vestibular balançar para frente e para trás, balançar de lado
- Paladar: levar objetos ou partes do corpo à boca, lamber objetos
- Olfato: cheirar objetos ou pessoas
Vários são os motivos que levam as pessoas a apresentarem esse comportamento. Devido a uma disfunção central ou periférica, o corpo pede por estimulação. As estereotipias liberam beta-endorfinas no corpo proporcionando algum tipo de prazer interno. Esse comportamento pode ser também uma forma de acalmar-se quando o ambiente é excessivamente estimulador e os sentidos tornam-se sobrecarregados. 
As estereotipias interferem com a atenção e o aprendizado já que desvia a atenção do ambiente para si próprio. Por isso necessitam ser reduzidas ou eliminadas com exercícios ou proporcionando formas mais socialmente apropriadas de estimulação. 

Veja este vídeo de um animal com estereotipia: http://www.youtube.com/watch?v=9l4l_8Hsb40

A CRIANÇA E O ESPELHO

Olhar-se no espelho, ver seu rosto, corpo e movimentos é reconhecer-se como individuo. Deve ser colocado numa altura onde a criança possa se enxergar e de modo que não represente perigo, fixo na parede, rente ao chão. A criança cega não passa por essa experiência assim que devemos proporcionar outras alternativas para que ela se reconheça.



COMO GUIAR UM DEFICIENTE VISUAL

- Guie a pessoa sempre em linha reta. Evite, por exemplo, cruzar ruas na diagonal pois isso pode desnortear a pessoa.
- Permita que a pessoa segure no seu ombro ou cotovelo. Não segure a pessoa, nem empurre. Deixe-a sempre atrás de você, nunca na sua frente.
- Se houver obstáculos no trajeto, avise-a sobre isso. Por exemplo, diga "vamos para a dieita para desviar de uma árvore", ou então, "vamos subir (descer) um (2, 3, ...) degraus.
- Não presuma que a pessoa precisa de ajuda, pergunte antes. Ela pode estar parada numa esquina, por exemplo, esperando alguém conhecido. Nem sempre a pessoa quer atravessar a rua.
- Ao se aproximar de um cego, toque gentilmente seu braço e se apresente ou diga "bom dia". Imagine que vivemos em mundo perigoso e o cego não sabe quem está ao lado, poderia ser um assalto e assim, você evita assustar a pessoa.
- Quando terminar de cruzar a pista ou conduzir a pessoa, antes de ir se despeça. Não largue a pessoa sozinha e vá embora sem dizer nada pois ela pode não perceber e continuar falando. Evite uma situação constrangedora para ela.




ESTIMULAÇÃO VISUAL 

Estimulação visual com cores. Ordenar as cores do mesmo modo como está no desenho. Cuide para que seja um tamanho de desenho que o portador de baixa visão possa ver e trabalho diferentes níveis de dificuldade alternando os contastes.




SUGESTÕES DE ATIVIDADES PSICOMOTORAS

Algumas brincadeiras simples que ajudam a trabalhar a coordenação motora, noção espacial, equilíbrio, força, etc.



Essas são específicas para trabalhar equilíbrio.





ESTIMULAÇÃO TÁTIL

A estimulação do reconhecimento tátil é importantíssima para o desenvolvimento e reabilitação do deficiente visual pois ela vai influenciar toda sua vida. É através do tato que o DV lês, escreve e aprende. Essa estimulação deve ser feita com diferentes maneiras através da diferenciação de texturas (macio, duro, áspero, etc), cores (se for o caso de baixa visão), formas (quadrado, círculo, esfera, cubo, etc), tamanho (grande, pequeno, médio) e etc.



ESTIMULAÇÃO GUSTATIVA

A criança com deficiência visual precisa conhecer os sabores e aprender a fazer a distinção entre eles, por isso, faz parte do trabalho de reabilitação a estimulação desse sentido através do doce, salgado, amargo, azedo, etc.



ESTÍMULOS DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA 



PROBLEMAS SENSORIAIS

Algumas crianças com deficiência visual tendem a apresentar comportamentos autistas como maneirismos e tendência a se isolar para auto-estimulação. Veja alguns modos de trabalhar esse comportamento.


As dificuldades sensoriais podem aparecer devido a três fatores: falta de estímulo, excesso de estímulo ou estímulos sem uma finalidade. Algumas crianças tem dificuldade em identificar entre dois sons qual o principal e qual o de fundo.



ATIVIDADES PARA TRABALHAR A COORDENAÇÃO MOTORA FINA E GROSSA




IDÉIAS E BENEFÍCIOS DO " BRINCAR "




ATIVIDADES PARA ESTIMULAÇÃO PRECOCE COM DV

- Estimular a criança a fazer tudo o que as outras outras crianças videntes faze, por mais que isso seja difícil
- Falar constantemente sobre o mundo do qual ela participa
- Desenvolver o desejo e o hábito de apalpar coisas (com limites pois nem tudo é possível ser pego ou tocado)
- Levar as mãos da criança àquilo que ela pode alcançar ou ao que ainda não descobriu
- Promover atividades constantes com brinquedos, exercícios de seu agrado, para combater a imobilidade física, mental e introversão
- Mostrar com andar corretamente, ou seja, não arrastar ou bater os pés e, ao medida em que andar, atender a chamados que devem ser feitos em voz alta ou através de ruídos que possam orientá-la.
- Ensinar a pronunciar bem as palavras (falar bem de perto e nos vocábulos mais difíceis trazer a mão da criança junto à boca)
- Ajudar no reconhecimento de sons atirando 2 ou 3 objetos ao chão para que identifique, reconhecendo o lugar onde cai o objeto ou andar fazendo ruído para que a criança siga
- Jogar objetos aos pés da criança para que ela os encontre com as mãos
- Desenvolver o senso de obstáculo com caixas de papelão vazias ou outros objetos que não ofereçam perigo
- Reconhecimento de vozes individuais primeiro com as mais frequentes (mamãe, papai, vovó etc) e depois com outras pessoas (vizinhos, amigos, etc)
- Reconhecer se a pessoa que fala está triste, rindo, etc
- Reconhecer uma voz em particular em um grupo de pessoas
- Ensinar reconhecer determinados odores (frituras, remédios, produtos de limpeza. etc)
A criança necessita dessas atividades. Elas são uma forma de auxílio que você poderá dar para a integração da criança ao ambiente de vida, o que dará uma maior oportunidade da criança sentir-se feliz e útil.
Para tanto é importante que a criança saiba cuidar de si mesma, que esteja com boa saúde física e emocionar e que a família participe da vida escolar pois todo apoio e estímulo dado nas atividades fora do lar proporcionarão a segurança indispensável para o êxito da criança no ambiente escolar.


CEGUEIRA CONGÊNITA E DESENVOLVIMENTO MOTOR

O desenvolvimento motor infantil começa na cabeça e se estende até os pés, bem como, parte do tronco em direção às extremidades. A criança deve, portanto, desenvolver o equilíbrio da cabeça e o controle do tronco antes de aprender a sentar, levantar ou andar.
O bebê cego não conta com o estímulo visual que o motive a levantar e sustentar a cabeça, aprendendo a controlá-la. Deve ser ensinado, então, a adquirir esse controle sobre os movimentos da cabeça e do corpo através de outros meios de estimulação. Embora a criança cega prefira ser deitada de costas, é essencial que permaneça deitada de bruços para fortalecimento da musculatura do pescoço e costas. Para incentivar pode-se:
- pendurar brinquedos sonoros e com diferentes texturas nas laterias do berço
- pendurar um espalho para crianças de baixa visão
- mudar regularmente a posição do berço para que o bebê vire para diferentes posições
- alimentar o bebê e trocar suas roupas em lados alternados
- encorajar o bebê e levantar a cabeça e movê-la em volta quando seguro pelos ombros.

A permanência dos objetos é a consciência de que um objeto ou pessoa existe mesmo quando fora do campo visual, auditivo ou tátil. Nos bebês com visão essa capacidade aparece em torno dos 3 ou 4 meses. Nos bebês cegos há um grande atraso e só se desenvolve através de um trabalho consciente de treinamento e estimulação.
A percepção da permanência dos objetos é essencial para o desenvolvimento da coordenação ouvido-mão (alcançar um objeto atraído pelo som), que na criança vidente acontece em torno dos 8 ou 9 meses. 
Na criança cega essa faculdade só aparece por volta dos 12 meses ou mais tarde. Com a percepção da permanência dos objetos é aprendida principalmente através do tato e depois da audição. Por isso o bebê cego precisa de muita estimulação tátil, especialmente em torno da 16ª semana de vida, de modo a estimular movimentos de extensão de braços e mãos.
Entre a 12ª e 16ª semana a criança vidente acompanha com os olhos os objetos e tem movimentos desordenados de extensão. É assim que começa a controlar braços e dedos. Uma boa coordenação olho-mão se desenvolve a partir das primeiras experiências visuais.
A criança cega mostra pouca tendência espontânea a mover seus braços e mãos. Ela não "pede" para ser pega no colo estendendo os braços. Ela movimenta mais os pés e pernas que os braços e mãos. Mantém a posição de recém-nascido por um bom tempo, mostrando-se com braços flexionados e mãos a altura dos ombros. Suas mãos raramente são trazidas à linha média do corpo e geralmente não brinca com seus dedos. A estimulação precoce é essencial para desenvolver essa consciência corporal e seu uso. Pode-se estimular em casa da seguinte maneira:
- amarrar guizos nos tornozelos e pulsos
- dar em suas mãos brinquedos de diferentes formas e texturas
- dispor brinquedos com texturas e sons ao alcance da mão da criança dentro do berço 
- encorajar a trazer as mãos para a linha médica do corpo: segurar a mamadeira ou copo, bater palmas e etc.
- deixar que a criança segure a mamadeira, chupeta e etc sozinha
- a partir da 16ª semana motivar a sentar e fazer brincadeiras com a criança sentada

Uma criança cega geralmente não engatinha ou se arrasta até que tenha desenvolvido a percepção de permanência dos objetos ou a coordenação ouvido-mão. Ou seja, nada a motiva a se deslocar no espaço. Muitas vezes a criança cega pula o estágio do engatinhar-arrastar porque quando tiver desenvolvido a permanência dos objetos já terá desenvolvido a habilidade de ficar em pé e andar.

A criança cega pode começar a andar por volta da mesma idade que a criança vidente mas normalmente demora mais a andar. Um cercado ou chiqueirinho pode ser bom para o bebê cego no início dessa fase por dar a ele um espaço definido, permitir a exploração controlada do espaço, abrigar os brinquedos e permitir que ele se apoie para ficar em pé. No entanto, assim que se levantar, deve-se deixar que a criança explore uma área maior.
Quando a criança começar a andar é mais conveniente manter os móveis e etc no mesmo lugar até que ela conheça bem seu ambiente. Mudar os móveis de lugar pode deixa-la insegura mas se precisar fazer isso, não esqueça de avisá-la. Ande com ela pelo ambiente para que se acostume.
A coordenação e o ritmo da criança cega ao andar pode ser mais desordenado do que os de uma criança vidente. Se a criança não for encorajada a conduzir seu corpo de maneira adequada pode ser que tenha uma grande distância entre as pernas ao ficar ereta e, assim, desenvolver uma má postura e forma incorreta de andar. Um problema comum é deixar a cabeça cair sobre o peito. A criança deve ser alertada constantemente a manter a cabeça erguida, perpendicular em relação ao chão.

A maior parte das atividades motoras são aprendidas através de estímulo visual e imitação. A criança cega precisa ser ensinada. É preciso fazer com que ela passe por atividades que envolvem correr, pular e saltar, por exemplo, muitas vezes bem como ser encorajada a praticar esses movimentos sozinha, de maneira independente. Isso é necessário para um bom desenvolvimento do controle e coordenação muscular e corporal.

Adaptado de: Boston Center for Blind Children Program - Boston, Massachussets - EUA


CEGUEIRA CONGÊNITA E DESENVOLVIMENTO SÓCIO-EMOCIONAL


Possíveis obstáculos que podem afetar a relação dos pais com as crianças:
- choque, raiva depressão ou culpa que os pais podem sentir em relação ao seu filho com deficiência visual podem colocar os laços naturais sob tensão.
- se o bebê cego precisar ficar algum tempo em incubadora ou necessitar de hospitalização por longo período pode afetar a relação com os pais e demais familiares.
- a passividade da criança cega pode desencadear uma falta de estimulação por parte dos pais. os bebês cegos são mais passivos e quietos, normalmente não solicitam muita atenção. Essa passividade desencadeia o afastamento dos pais levando a um ciclo de não interação que dificultará ou impedirá a construção da relação pai-filho. Porém, há uma grande necessidade de estimulação e atenção para seu desenvolvimento. 
- a dependência do bebê cego em relação aos pais para o atendimento de suas necessidades contrubui para uma superproteção. Os pais devem encorajar a independência, especialmente quando a criança explora seu próprio ambiente.

Adaptado de: Boston Center for Blind Children Program - Boston, Massachussets - EUA


CEGUEIRA CONGÊNITA E DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM


Aprender a falar envolve a imitação da pessoa que fala, portanto, é uma experiência bem diferente para a criança cega. Porém, essa diferença não é notada até o aparecimento da fala. 
A criança cega faz uso dos sons, antes da fala propriamente dita, como uma atividade com um fim em si mesma. A criança cega pode balbuciar por muito tempo devido ao prazer oral que essa atividade proporciona e a fala ecolálica pode se desenvolver e persistir por períodos maiores em relação à criança com visão.
As crianças videntes estão em contínuo aprendizado e expansão de seu vocabulário devido ao estímulo visual que experimentam. A criança cega tem vocabulário limitado e acesso a poucas palavras concretas que associam às suas experiências sensoriais, ou seja, palavras descritivas ou conceitos difíceis de serem internalizados. 
Por isso, a criança cega pode facilmente esquecer as palavras que não têm sentido para elas, a menos que tenha uma experiência direta e concreta com a mesma. Assim, é necessário fazer com que as palavras se tornem significativas através de descrições CONTÍNUAS de coisas e pessoas, bem como falar de ações que estão acontecendo e que não são percebidas pela criança cega como por exemplo, falar que está trocando de roupa, escovando os dentes, arrumando a mesa pro almoço, etc.
Evite manter rádios e televisão constantemente ligados perto de uma criança cega pois o estímulo auditivo e sem significado passará a ser ignorado. Quando a criança cega já conseguir se movimentar dentro de ser ambiente e começar a ter contato com os objetos da casa, não a prive desse contato pois é a oportunidade que terá de enriquecer e expandir seu vocabulário. Permita que a criança cega faça escolhas verbalmente respondendo, não somente sim ou não, mas que tenha oportunidades de fazer uso FUNCIONAL de seu vocabulário.

Adaptado de: Boston Center for Blind Children Program - Boston, Massachussets - EUA



SINAIS DE ALARME NO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR




ESTIMULAÇÃO PRECOCE

Todo bebê que nasce com deficiência visual pode ter uma defasagem de 03 a 04 anos em seu desenvolvimento psicomotor se comparado à uma outra criança. Portanto, a estimulação precoce, que é um trabalho realizado com crianças de 0 a 04 anos, é fundamental.
Nesse acompanhamento o foco do trabalho é fazer com que a criança tenha a oportunidade de  aprender de modo diferenciado o que necessita para se desenvolver dentro de um padrão de normalidade ou o mais próximo dele. 
Muitas crianças deficientes visuais são super-protegidas e não tem oportunidades de experimentar o mundo da mesma forma que as outras. Fora isso, há famílias que não podem dar a atenção necessária à criança, por infinitas razões e estas crianças acabam adquirindo hábitos e condutas não compatíveis com sua idade ou deficiência.
A falta de visão limita o aprendizado já que é responsável por 80 % do que adquirimos de informação. A visão também está intimamente ligada à aquisição motora e a criança DV acaba tendo um atraso nas fases iniciais de sua vida quando deveria começar a sentar, rolar, engatinhar, andar e até falar, por exemplo. A falta de estimulação afeta o desenvolvimento global.
Abaixo eu selecionei algumas fotos do meu trabalho para que vocês vejam como é feito esse atendimento.

 

 

Os materiais usados na estimulação precoce são muitos pois crianças com déficit de desenvolvimento precisam ser amplamente estimuladas.
Em lojas de brinquedos educativos ou especializadas em psicomotricidade você encontra facilmente material para trabalhar a coordenação motora fina e grossa, percepção visual, auditiva, lógico-matemática, espacial, temporal, simetria, vocabulário, consciência fonológica e muitas outras coisas.
Tenho um amigo que infelizmente não mora no Brasil, mas tem materiais lindos em sua loja. Pedi licença e vou usar suas fotos para ilustrar este artigo, assim, os profissionais que decidirem trabalhar com deficiência visual podem ter uma noção do que procurar.
Há muita coisa à venda mas eu vou usar somente as fotos que podem nos interessar já que o tema é deficiência visual. Alguns jogos podem sofrer pequenas modificações para atender a esse público já que é bem difícil achar materiais específicos.
A CHIKITOS fica na Calle Juan Cuglievan, 1020 - Chiclayo - Peru e o link a seguir leva ao perfil da loja no Facebook: 
https://www.facebook.com/chikitos.educativos?fref=ts


  

 

 


 


 


   
 

 




REABILITAÇÃO VISUAL
autoria do texto - Fundação Catarinense de Educação Especial
(outros materiais sobre estimulação visual na página de ortóptica)

O objetivo da reabilitação visual é otimizar o aproveitamento da visão residual, através do uso de recursos ópticos especiais e não ópticos, pois, o portador de baixa visão é aquele que tem limitação visual à distância e/ou para perto.

O serviço de reabilitação visual oferece:
- avaliação oftalmológica específica em baixa visão
- avaliação funcional da visão
- orientações básicas quanto à orientação e mobilidade
- orientações básicas quanto às atividades da vida diária (AVD)
- encaminhamento às salas de recurso, escolas especiais, etc.
- adaptação dos recursos ópticos especiais indicados

Os benefícios de uma reabilitação visual são:
- promover a independência do indivíduo portador de baixa visão, no exercício das atividades produtivas e sociais
- conscientizar os indivíduos a utilizares o máximo de sua visão residual
- propiciar qualidade de vida às pessoas com baixa visão

Os recursos utilizados na reabilitação visual são: lupas, telessistemas, lentes especiais asféricas, esféricas, prismáticas e intraoculares, lupas eletrônicas, suportes de leitura, mesas reguláveis, luminárias, lápis e canetas diferenciadas, material visual próprio, e muitos outros.

Você pode encontrar um serviço de reabilitação visual em seu Estado consultando o Departamento de Educação Especial da Secretaria ou através da Secretaria de Saúde. Caso seu Estado não tenha esse serviço ou sua cidade seja longe dos centros de atenção, exija das autoridades competentes uma solução.


ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA
Material produzido pelo Instituo Benjamin Constant no Rio de Janeiro

" A criança só aprende aquilo que vive concretamente. É importante que ela faça suas próprias descobertas através da manipulação e exploração do ambiente físico e social".

As atividades da vida diária (AVD) referem-se àquelas atividades do dia-a-dia, que constituem parte da rotina e visam tornar o indivíduo capas de satisfazer suas necessidades básicas, independentemente.
As AVD tem como objetivo proporcionar condições para que, dentro de suas potencialidades, o indivíduo possa formar hábitos de auto-suficiência que lhe permitam participar ativamente do ambiente em que vive.
Para isso, devem ser desenvolvidos os seguintes hábitos e atividades:
- alimentação
- higiene
- vestuário
- saúde
- segurança
- rotina doméstica
Na educação do deficiente visual, destacamos as AVD como área específica de atendimento por considerá-la um fator primordial no ajustamento social.
Se os hábitos à mesa, a postura, a adequação para se vestir e a higiene pessoal são comportamentos adaptativos, há necessidade de um treinamento intensivo, porque o indivíduo cego apresenta atitudes inadequadas para sentar-se, vestir-se ou alimentar-se, pois pela falta de visão não tem possibilidade de imitação, falta-lhe a informação visual sobre o padrão adequado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário